Doces Aventuras: COMO FOI CARONAR NA BR - 381 NO FERIADO DE PÁSCOA A CAMINHO DE HELIODORA

JUNG OU COINCIDÊNCIA SIGNIFICATIVA

Chegando fim de semana e feriado e nossas entranhas todas remexidas na dúvida de onde ir.
Pra nós o Destino não interessa tanto e sim o que acontece no caminho, as pessoas que vamos conhecer,onde vamos dormir,como vamos comer,o que vamos encontrar pelo caminho de paisagens ,historias interessantes...

Então qualquer lugar é válido ,ainda mais se for um que nunca fomos.
Fiz alguns planos de ir p Chapada dos Veadeiros /GO,estava quase tudo certo e um dia antes minha carona foi cancelada, então teria que ter um plano B.

Recebi alguns convites e pesquisei a viabilidade por ser feriado e joguei fora a opção praia,por saber que seria punk,e estressante, muito trânsito.
Foi aí que minha cara amiga e seguidora da página na qual já foi fazer uma trilha com a gente e já havia pego uma carona junto nos convida p ir p HELIODORA. Não sabia nem onde era ,então fui conferir no mapa e vi que era uma cidade Mineira que ficava somente a 260 km de Sampa e que havia cachoeiras.

Elaine disse que íamos ficar na casa da Avó de um de seus amigos que já estava indo p lá na noite anterior.Então combinamos sexta feira bem cedo no Terminal Tietê.
Ela vindo de Guarulhos e eu indo de São Bernardo do Campo.

Como sempre...espera...espera....transporte coletivo de feriado é igual de domingo, de 1 em 1 hora. Cheguei as 8:40 no Terminal e nada de Elaine, nem conseguia contactar por Whatss app, nem ligar...pensei : Vixe, dormiu de novo e esqueceu de nós ! rsrs

Mas as 9:00 hs ela chegou toda descabelada, (brincadeira ), pois o bus dela (3 ao todo ), demoraram muito e ela estava desesperada já...

Eu não havia comido nada antes de sair de casa então fomos procurar um quiosque p comprar um salgado. Parei em um e pedi uma coxinha (a pior que já comi na vida), ao lado havia um rapaz pedindo dinheiro sentado com uma caixa cheia de caixas de remédios dentro.
Eu perguntei : Tá com fome ? Eu pago um salgado p vc !
Ele disse : Não, é que é p remédio...
Então soltei o verbo, olhei na caixa os medicamentos e percebi que todos eram genericos do governo e vi os nomes e disse:

Amigo, se vc levar no posto de saúde, na farmácia popular pega de graça , a rede pública distribui, é só levar a receita !
Na hora Elaine não sabia se me puxava, ou saía correndo fingindo que não me conhecia...
Bom, só falei a verdade, eu tbm pego remedios lá...depois disso saímos de lá.

Fomos procurar saber onde era o ponto de bus que nos levaria a BR-381 Fernão Dias, e pegamos o Terminal Mairiporã.
Demoramos quase 1 hora mais ou menos p chegar no Terminal.
De lá seguimos p pista que ficava próximo, subimos p o viaduto e ficamos bem na saída p pista e não no acostamento.O fluxo era bom, mas os carros estavam cheios e passavam batido.
Eu já fazendo os cálculos, falei p Elaine que ali seria um pouco mais difícil que no acostamento ,porém ela estava confiante ,ainda um pouco de fé da maré de sorte na qual havia passado dias antes com o ganho de um valor inesperado que deu um alivio nas contas devidas,rsrs.

Eu disse: Elaine, aqui tá ruim, melhor ir p acostamento, mesmo que estejam passando rápido , se quiserem dar carona eles vão diminuir a velocidade.
Ela mantinha a confiança e falei p ficarmos mais uns 5 minutos e trocávamos.
Passou uns 3 carros, o 4º carro parou !!

Lúcia !!
Isso mesmo, uma mulher ! Dá p contar nos dedos as caronas que peguei com mulher, geralmente elas são mais " Desconfiadas ", mas Lúcia não, é uma mulher p frente, descolada,jovem de espírito e confessou a nós que quando passou pelo trevo fez o sinal da cruz p abençoar a viagem até a casa de sua mãe em Limeira ,e que não fosse tão entediante pois estava sem rádio p ir distraindo com musicas .

Agradeceu por Termos cruzado seu caminho e tornado o percurso menos chato,acho !
Fomos conversando de tudo, ela é uma mulher forte,mas tbm sensível, de atitude,mas preocupada com opiniões, estava um pouco magoada com algumas situações , mas iria ficar bem. Adoramos o jeitão dela. Nos contou um pouco de sua vida e deixou aquela manhã mais alegre.

Ela nos deixou na Saída p Atibaia ( cidade esta que me dá más lembranças, pois foi nela que me roubaram e levaram tudo que eu tinha quando fui p Salvador em 2014).
Seguimos feliz por tê-la conhecido, trocamos contato e partimos todas.

Fomos p um acostamento, e então eu pedi p Universo : Agora vamos até pouso alegre de caminhão !
Não passou nem 10 minutos , e um carro de empresa pára. Pedi p Elaine correr e perguntar p motorista p onde ia...ela então sinalizou de longe p eu ir até ela, e o Sr.Olinto ia p onde ? Pouso Alegre !

Bom, não era caminhão, mas pelo menos o destino estava certo, nossa maré de sorte estava a todo vapor .
Sr.Olinto era um empresário do ramos de telecomunicações, dono de algumas torres e estava voltando p casa.

No caminho disse que iria parar rápido num posto p pegar uns rádios que haviam sido roubados de uma das torres com um funcionário.
Então ele parou e estacionou embaixo de uma árvore na sombra e aguardamos com muitas historias de sua juventude.

Disse que tinha um aviãozinho e eu prontamente disse que não tinha pego essa carona ainda, ele então convidou p marcarmos um dia p passear e sobrevoar algum lugar e eu topei claro, sem esquecer de pegar o contato no final.rsrs

Ele nos deixou na entrada de Pouso Alegre , descemos num ponto de ônibus e quando olhamos no acostamento já havia um cara lá pedindo carona.Então a regra é : Se vc chegou e já tinha alguém , a primeira carona é dele. Mas..... o cara parecia não estar tão afim de sair dali, mal acenava p os veículos. Quebrei essa regra ! sinto muito, nós estávamos animadas e quereno chegar logo na cidade.
Novamente eu disse :

Agora vamos de caminhão !!

Passou uns 15 minutos e parou o quê ? um caminhão! indo p onde ? Lambari ! cidade caminho de Heliodora... ainda Elaine perguntou : E o cara lá na frente ? Eu (ruim que sou ), disse : ah !, ele nem tá querendo ir...olha a lerdisse ! rsrs. Bora !!

Subimos no caminhão, joguei a cargueira na carroceria e amarrei com uma corda que havia lá atrás e ainda ficava olhando pelo retrovisor se não ia voar ...rsrs.
Sr.Vicente,cara muito gente boa, morador de Lambari disse que faz esse trajeto todo dia, Piracicaba/Lambari .

Todo preocupado com a Mel perguntando se queria parar em algum luigar p comprar algo p ela comer/beber,agradecemos e seguimos .
Ele achou legal viajarmos de carona, mas disse que algum parafuso ficou no caminho, que éramos doidinhas...
Ao chegar no trevo de entrada p estrada que dava acesso a Heliodora paramos p descer e antes de tirarmos a foto ele nos presenteou com um ovo de páscoa. Foi muito generoso ,agradecemos de coração ,desejamos um ótimo feriado e seguiu p sua família.

Tínhamos que buscar sinal de celular p avisar o Yori e o Thiago ,amigos da Elaine p nos buscar ali no trevo, mas não tinha nenhuma torre . Então resolvemos pegar mais uma carona p cidade.
Andamos mais uns metros e paramos numa sombra .Eu estava apertada e corri p usar o banheiro natural, peguei uns lenços umidecidos da Mel , e peguei uma trilha lateral.

Voltei aliviada e animada. Pssaram uns carros, mas estavam cheios... depois sinalizei meio sem esperança p uma caminhonete e parou p minha surpresa.
Eram uns jovens indo p cachoeira, pela primeira vez não contamos histórias , ficamos mudas. Não perguntaram nada, na verdade estavam curtindo uma vibe verde...e o carro estava perfumado ,liberando arco íris e gnomos,rsrs.

Descemos na praça principal, ainda tentamos achar sinal de celular p chamar os meninos e nada.
Até um dos caronas emprestou celular p ligar, mas caía na caixa postal.
Estávamos perdidas ! Elaine não havia pego endereço , nem nome nenhum com a garantia de que havia sinal p ligar quando chegássemos.

Então sentamos num banco da praça ,enquanto eu deixava ela mais nervosa falando p esperar a caixa postal do amigo desocupar e rindo... quando olho p cima, quem vem em nossa direção ??

Os amigos !

Mal acreditávamos que poderíamos encontrar algum conhecido assim tão fácil numa cidade que não conhecíamos , nem com um nome de algúem.

Coincidencia ,destino ou sorte, não sabemos, mas foi um alívio encontrar eles pois como já estava tudo combinado de ficar numa casa, não levei barraca ,então estava fora de cogitação acampar se não achássemos ninguém.

Ela nos apresentou e seguimos p casa da avó do Yori.