Doces Aventuras: MAIS UMA VEZ NA CACHU DA PEDRA FURADA, SÓ QUE AGORA COM MAIS EMOÇAO...

Cachoeira da Pedra Furada...

Cachoeira da Pedra Furada é um incrível paredão de rocha com uma fenda onde a água passa no meio, dando origem ao nome .

Ela é de fácil acesso, uma caminhada de cerca de 3km em asfalto, seguida de caminhada em trilha semi-aberta com algumas poucas bifurcações que exigem nada mais que um certo senso de direção, atenção.

Marcamos um pouco encima da hora, e seguimos em 7 pessoas. Me encontrei com Carol e Juan na Estação Brás, por volta das 8:30 quase ,bem atrasada e seguimos p encontrar o restante na Estação Estudantes.

O trem estacionava na plataforma assim que nos encontramos e seguimos destino a estação Guaianazes. A viagem, que durou cerca de 30 min, ainda não estava completa, uma vez que nosso destino final era a estação Estudantes, em Mogi das Cruzes.

Chegamos em Guaianazes e coincidentemente encontramos o Yori e o Thiago esperando a Elaine e a Patricia chegar . Ganhei um lanche da Carol e aguardamos o pessoal chegar. Domingo era dia de manutenção de vias ,então estava tudo demorado e com sistema de ônibus fazendo o percurso de Guaianazes a Jundiapeba.

Finalmente, por volta das 10:30, chegávamos ao terminal Estudantes, o ônibus, o "Estrada Manoel Ferreira", com destino ao posto "Balança" do km 77 da Rod. Mogi-Bertioga,já estava na plataforma a sair..eu tive que ir ao banheiro trocar a fralda da mel, mas deu tempo,rsrs.

O percurso é longo,cerca de 1 hora de bus até a Balança.Chegamos , os meninos fizeram mais uma boquinha,pegamos água, passamos protetor solar, pois estava um solzinho tímido,mas que queima na estrada. Iniciamos a trilha no asfalto umas 11:30 .

Seguimos a caminhada embaixo de garoa leve, eu nos primeiros kms já sentia meu querido joelho gritar..mas não dei ouvidos a ele...

Este trecho da caminhada, pela rodovia, requer atenção, pois os veículos passam em alta velocidade e a pista realiza muitas curvas , tem somente 2 acostamentos curtos.Depois de andar um pouco os primeiros sinais do parque ... 3 tótens nos informam que estamos entrando no perímetro do Parque Estadual da Serra do Mar, e logo mais a frente , que estamos próximos do início da trilha.

Quase no km 81, chegamos onde a trilha inicia .Estava começando a engrossar a garoa.Parecia que haviam passado muitos por ali, pois haviam pegadas bem marcadas ,muita lama e algumas motos escondidas no mato. No bar da balança ouvimos que estariam comemorando um niver lá embaixo, e fomos imaginando como levaram as coisas p lá...o bolo, os salgadinhos, o refri.kkkk

A trilha é bem demarcada, devido à procura do pessoal por ser considerada uma das mais fáceis. Elaine havia ido a esta cachoeira um mês antes comigo e conhecia a trilha e seguiu a frente guiando em vários momentos, portanto, tratou de orientar o grupo quanto as três bifurcações. A primeira bifurcação surge e o caminho a ser seguido é o da direita. A segunda bifurcação, na qual também tomamos o caminho da direita, e terceira a ésquerda no qual dá acesso a parte de baixo da choeira e a direita novamente acesso a parte de cima da cachu.

Na chuva ,lama,obstáculos de galhos e árvores caídas levamos 2 horas p chegar lá embaixo. Alguns vídeos cacetadas não documentadas aconteceram ali, quedas na lama,p nos divertir perante aquela dificuldade.Elaine seguiu p parte de cima p poder eu lá de baixo fazer as fotos,mas foi impossivel.

O nível dá água estava alto, impedindo de alguém subir ali com o mínimo de segurança.Algumas pessoas faziam Rapel e quando demos a volta p parte de baixo, haviam cerca de 50 pessoas lá embaixo, isso porque o tempo estava ruim, imaginem em tempo de céu aberto, é bem muvucado.
Estavam 2 grupos,um deles com umas 15 pessoas fazendo Rapel,e outros embaixo aguardando a vez, e outro mais afastado e um tanto raro, uma excursão inteira de peruanos,bolivianos e outros imigrantes da igreja adventista. Trocamos umas palavras e ficamos ali contemplando a força da natureza. Não dava p nadar, estava muito perigoso.

Não consegui fazer muitas fotos, pois acabei esquecendo o cartão de memória da câmera em casa, e tbm os ventos traziam uma nuvem de água da cachoeira, fiquei com medo de danificar a câmera. Fiz algumas pelo celular e as outras pegamos do celular da Elaine.

Demos início ao retorno pela trilha as 15:00 hs em um ritmo mais acelerado pois estava começando chover forte. Carol me emprestou sua capa p proteger Melissa da chuva e seguimos a passos largos. Eu já não me importava mais onde pisava, meus pés estavam de molho dentro da bota e eu só queria chegar no asfalto.Meu joelho novamente avisava não estar bem, e começava uma dor forte na virilha.

Chegávamos à beira da estrada novamente, rumo ao bar da balança,onde poderíamos trocar de roupas ( se eu tivesse levado roupa extra p mim ), trocar Melissa, comer e beber algo quente e enfim subir no ônibus das 17:30 rumo estação estudantes e casa...

Mas como desgraça pouca é bobagem, não haviam roupas quentes e limpas,pelo menos p mim, que não me precavi desta vez, troquei a mel e a mantive enrolada na canga p se esquentar. Tirei as botas e meu pé estava completamente "cozido ",rsrs. Elaine foi pedir café e não tinha, nada quente, só leite...Então teve a idéia de colocar barrinhas de chocolate dentro e tomar... Os menino, Thiago e Yori , tiveram overdose de suco de cambuci, era uma copo a cada 20 minutos,rsrs.

Carol, toda ensopada se manteve ali sentada e fazendo seu lanche de pão com sardinha...Me senti culpada por ter ficado com sua capa p proteger a mel e no final ainda ganhei ela de presente.Juan, tbm tirou o tênis e seus pés não estavam tão diferentes dos meus. Ficamos ali esperando o bus... O outro grupo tbm chegou e bem na hora o bus tbm..ele chega, e dá a volta e vai embora. Ainda reclamamos , mas o pessoal disse que tem que ficar lá no ponto e avisar , senão ele nao sabe quem vai subir,perdemos o bus !

O próximo passaria somente as 18:50. Nós ali, morrendo de frio, todos encharcados,com fome e auquela chuva não parava.

Nos distraíamos vendo tv ,conversando....e atentos ao relógio.
Quando o bus chegou foi só alegria, na verdade, foi tudo muito rápido. Ele chegou e quando eu peguei a Mel e minhas coisas, a Elaine e metade do pessoal já estavam lá dentro. MEDO DE PERDER O BUS DE NOVO,RSRS.

Subimos no abençoado transporte e partimos p estação ferroviária. Perdemos o trem que estava na plataforma,mas pegamos o próximo em menos de 10 min.

Elaine e sua amiga desceram em Itaquera ,onde deixaram o carro.

segui com Juan e Carol p Brás .Eles seguiram p Barra funda e eu Santo André.

Ainda esperei uns 30 min o bus, por ser domingo tudo é mais lento.... enfim as 23:30 cheguei em

casa, morta com farofa. Com dores por todo corpo ,mas de alma lavada.

Foi um dia bem bacana, cheio de aventuras, superação e novas amizades.

ALGUNS DADOS :

COMO CHEGAR : Embarcar no trem da CPTM sentido Estudantes (última estação da linha Coral). Saindo da estação de trem de Estudantes atravesse a rua e vá em direção ao Terminal Rodoviário de Estudantes (Em frente a Estação da Estudantes da CPTM) – Custo: R$3,50 a passagem de trem.

Chegando lá procure o ônibus “Manoel Ferreira – E392″, 3,50 a passagem.

Você deverá descer no ponto final deste ônibus (conhecido como “Balança”). Chegando no ponto final você estará no KM 77 da Rodovia Mogi Bertioga (SP x Litoral) e deverá seguir na estrada sentido litoral. Deverá andar até, aproximadamente, o km 80, onde fica a entrada da trilha.

Custo baseado com saídas da estação Brás.

No total são 12 km, ida e volta, da balança até a cachoeira.

Em dias de chuva tomar muito cuidado com a possibilidade de tromba d'gua,deslizamentos de terra e quedas mais graves.Como qualquer mata existem animais silvestres e peçonhentos como: Cobras, Aranhas, e até gente dizendo que correu de lá depois de ser perseguidos por uma onça, ( boatos).

Não esqueça de levar água suficiente. saco de lixo,roupas extras.

Em dias de chuva, leve capa, será de grande utilidade.